sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Desaprendi a Andar.

Se já confundimos tanto as nossas pernas...

Depois dessa caminhada, todos os caminhos serão longos. E assim tem sido. Foi como desaprender andar como adulto e voltar aos tropeços, tão infantis quanto soletrar o bê-a-ba. Talvez por ainda estar deitado em sua cama, de bruços e focando a janela; o quarto em sépia e uma sensação leve de calor abafado. Ou por estar olhando o teto, com a cabeça no chão, desenhando nossa sombra com os olhos, teu corpo tão pequeno. Tudo tão confortável, tudo em seu lugar, que não me espanto de ainda estar deitado contigo, enquanto subo a rua de minha casa, que, hoje, me pareceu mais longa do que seus costumeiros metros.

5 comentários:

Unknown disse...

"Tudo tão confortável, tudo em seu lugar, que não me espanto de ainda estar deitado contigo, enquanto subo a rua de minha casa"
Lindo!

Que sensação gostosa a de poder levar alguém consigo por tanto tempo sem pesar.

Anônimo disse...

descreve bem o que sinto. parabéns pelo blog Iuri!

Clarabella disse...

Meu benzinho. Meu amô.

Clara disse...

"Que sensação gostosa a de poder levar alguém consigo por tanto tempo sem pesar."

O que pesa é não poder, realmente, levar.

Bicho do Mato disse...

Perfeito. *