segunda-feira, 2 de junho de 2008

Tenho flores folhas e fotos guardadas dentro de livros.
Tento de alguma forma preservar nelas o amor que um dia houve, pra que eu quem sabe, me sinta mais vivo e feliz, pensando vagamente: - Tive tanto amor um dia!.

A vida é isso, a percepção lenta e tardia das coisas, murchamos continuamente; como fizeram minhas flores guardadas em alguma página melancólica, perdemos nossa cor assim como as fotos, empalidecemos como as folhas que mudam do verde para algo sem cor, sem vida...

Amores não são como as fotos, pois não são eternos. Tentar guardar os sentimentos num pedaço colorido de saudade é triste, amor não se guarda, se expulsa e se exala até o dado momento em que - Repito: Acaba. Que guarde o rosto, o cheiro e a saudade e se lembre, controle a líbido e esqueça das fotos antigas; tantas novas devem ser tiradas.

Amor não é algo que se empacota e deixa na estante não. É pra deixar no olho e na língua, olhar em outros amores, roçar em outros amores; espalhar e não reservar.
Mostra teu pior lado à alguém, mostra teu lado mais abobalhado e ridículo, mostra teu lado mais rancoroso. Mostra também teu lado mais piedoso, mostra aquilo que ninguém sabe.
Fotografe, observe... Descarte.

Afinal, amor é sempre novidade.

Um comentário:

e para Maitê disse...

- hahahahha...
Momento revoltoso do meu dia.
Fiquei estagnada com a notícia da tribo, e todo o sensacionalismo que envolveu a matéria. Tinha que criticar. Salvo, algumas coisas boas do Brasil, mas nos últimos meses, infelizmente, só as ruins estão se destacando.

Que nada Iuri, eu é quem tenho muito a aprender contigo. És meu ídolo gramatical, adoro a colocação de suas palavras.

Um grande abraço, e um beijo na testa!