quarta-feira, 4 de junho de 2008

Verde


É que os Girassóis, assim como as pessoas; não deviam ter donos.

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Logo adiante, e tudo que se vê, ainda é pouco
Tanto e tão pouco.
Estações longas, de um ano curto
passam incólumes.

São as folhas que caem,
e as peles que ressecam.
As flores que crescem,
e os sóis que aquecem.

E é tanta expectativa,
e é tão pouca poesia.

Eternas efemeridades
é disso que vivem os olhos desatentos
Efêmero é tudo aquilo que demoramos para perceber.
Efêmero, é tudo aquilo que passamos a amar.

E amar então, é tanto?
Amar, saiba, será sempre pouco.

Do ventre da mãe, nasce mais um solitário
Num baque então, o peito atina:
É assim que se nasce, e é assim que se morre.
És então, livre.

Liberdade, é tanta.
Vida, ai vida;
Tu sim, és pouca.






Um comentário:

e para Maitê disse...

- É lindo.
O amor, é o pouco, que preenche um espaço vasto. É o pouco que nos torna grandes o suficiente para sermos muito.
Realmente o amor floresce unicamente e individualmente dentro de cada ser, e a regra geral do amor, é ter nenhuma regra. Sua definição concreta é - Indefinido. São os paradoxos, antínteses e conversas fiadas.

ps: Verde foi lindo e profundo.