terça-feira, 5 de agosto de 2008

Aquele, daquele dia.

Ele não era perfeito. Nunca foi, sabia disso. Ela era. Aos olhos dele. Tudo sonho, tudo poesia. Ele gostava de ler, de escrever, de sentir. Ela, perfeita. Aos olhos dele. Ele gostava de discutir política. Gostava de filmes. Filmes de todos os tipos. Daqueles ultraviolentos, dos com histórias utópicas de paixão, dos que faziam pensar, aqueles com grandes aventuras, do anti-herói que roubava um beijo, daquele com um triangulo amoroso em que o rapaz com quem tanto se identificava, sofria, sobrava. E ela, perfeita.

Ele já sofreu. Não sabia o que era o amor por definição nem por vivencia. Jamais tinha amado alguém, sofreu, e ainda sofre por isso. Aquelas histórias que ele tanto lia, aqueles filmes que tanto assistia, que sempre se imaginava naquele contexto. Nunca conheceu. Nunca sentiu, só sonhou.
Ele era daqueles que apesar do mundo em sua volta, tinha poucos amigos. Amigos que valiam por dez ou trinta pessoas com quem convivia diariamente. Seus verdadeiros camaradas. Uns moravam pertos, outros nem tanto. Não importava, se sentia seguro e confiante perto de todos eles. E ela, simplesmente perfeita.

Ele pensava nela. E ela, nele. Não ele, aquele que não era perfeito. Ela pensava em outro, sempre pensou. No outro que estava longe. Ele sim era perfeito. Aos olhos dela. E ele, só queria ser perfeito. Aos olhos dela. Não agüentou. Contou. Ela, não mostrou certeza, ficou confusa. Ele... suspirou. Ela já não tinha o que dizer. O rapaz,se perdeu. Sofreu antes da hora. Ela diz que vai pensar, e ele, espera. Espera ser perfeito. Aos olhos dela.

Um comentário:

Iuri Gabriel disse...

Rolam boatos que, é melhor pararmos com essa verossimilhança :P

Vai que nos confundam com algum grande romancista (h)

HAHAHA