sexta-feira, 18 de abril de 2008

Estou pensando em coisas mortas e no passado que elas tiveram, pensando no podre das almas, e no cansaço dos corpos, pensando nos naufrágios diários e no óleo que se derrama, pensando em supernovas, estrelas anãs, segundos sóis e principalmente em buracos negros; pensando na aridez dos desertos e na fome que se alastra, e na sede que está por vir: - A grande sede.
Penso na extinção de muitas espécies e penso na tortura dos humanos, penso nos crimes sem solução e na dor que estes causam, penso nas guerras e conflitos dos orientes, dos ocidentes e aqueles em nossos horizontes.
Penso em chacinas e nos cortejos que passam após, penso em bocas fechadas, olhos tristes
e sorrisos vagos; penso em famílias separadas e crianças adulteradas, penso nas igrejas e nos seus pecados, capitais ou não!

Penso no fogo que nos queima internamente e que nos cega a vista, penso no frio que se abriga nas mãos e vozes dos homens, penso nos genocídios nunca noticiados.

Penso nessas coisas que tanto enobrecem o mundo que vivemos, penso nessas coisas que as ruas nos mostram, e os poetas escondem.

Pense nisso.

Um comentário:

Unknown disse...

infelizmente caro Iuri,é nisso que pensamos ao fim de uma tarde..onde nos encontramos sós e observando o mundo afora,são esses os pensamentos que nos cegam,deixando a pureza e a esperança de um mundo melhor..Todos os dias nos deparamos com olhos tristes,com arrepios de friO,e com o medo da escuridão..é isso que vivemoss é essa a nossa realidade..infelizmente.